São 6h55 da manhã. O vento beija a face das crianças a caminho da escola e o cheiro de naftalina espanta lentamente o sono – mal disfarçado nos olhos miúdos, remelentos. O sol, preguiçoso e desavisado da mudança dos homens, se esconde sob véus que desmontam estrelas. E sobre selins esmaecidos, trabalhadores de todas as idades arrastam angústias enquanto pisam forte nos pedais de suas bicicletas.
A friagem chega desarrumando armários: “Ai, Jesus, e agora?”.
A friagem chega desarrumando armários: “Ai, Jesus, e agora?”.
2 comentários:
... Mas que coisa linda: "véus que desmontam estrelas." ...
AQUI ESTÁ UM FRIOZINHO... SEM CHEIRO DE NAFTALINA, SEM CRIANÇAS, SEM OLHOS REMELENTOS E SEM VÉUS
QUE DESMONTAM ESTRELAS...
AQUI ESTÁ UM FRIO FRIO...
LEILA JALUL
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