Pablo Picasso
E de repente Marieta voou, despreocupada de meus cuidados. Tinha lhe dado o nome tão logo a vi pousando sobre a pétala de uma das flores que pendem da casa vizinha para dentro do prédio.
Estava eu, então, perdida em pensamentos de nuvens. Sem saber exatamente o motivo de me deixar ficar à janela, observando os pombos e a tarde morrendo cansada, quase sem vida nos raios do sol.
(Tem dias que amanheço assim, como se meu peito carregasse uma tristeza de pássaro – tudo tão leve e pesado ao mesmo tempo, meu deus!)
As asas de Marieta são azuis e essa informação me rouba a desesperança...
Por um instante sinto inveja, deve ser bom repousar em uma flor e ficar roçando o ar com asas azuladas.
Um comentário:
Escrita suave, tão suave quanto as asas de Marieta.
Beijos de final de semana
Leila Jalul
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